UFMG lança política de gestão de acervo e cartilha de boas práticas de conservação de obras de arte
Evento será na segunda-feira, 18 de agosto, na Biblioteca Central
O Espaço Acervo Artístico UFMG (EAAUFMG) lança, na próxima segunda, dia 18, a Cartilha de boas práticas para conservação do Acervo Artístico da UFMG e apresenta a Política de Gestão de Acervo do EAAUFMG e o seu Plano Museológico. O evento terá início às 14h, no auditório da Biblioteca Central, no campus Pampulha.
A cartilha contém orientações práticas para a preservação do patrimônio artístico-cultural da Universidade. Destinada às unidades acadêmicas e administrativas da UFMG, a publicação reúne recomendações acessíveis e de fácil aplicação, com o objetivo de apoiar servidores e gestores na adoção de práticas que assegurem a integridade e a longevidade das obras de arte da instituição.
A Política de Gestão é um documento estratégico que orienta as ações de preservação, conservação, documentação, pesquisa, difusão e gestão das obras artístico-culturais sob responsabilidade da Instituição. O texto final foi consolidado com base em consulta pública, realizada em junho deste ano, que contou com a contribuição de estudantes, professores, servidores técnico-administrativos e terceirizados de 14 órgãos da UFMG.
A mesa de abertura reunirá a reitora Sandra Regina Goulart Almeida, o pró-reitor de Cultura, Fernando Mencarelli, e a diretora do Espaço Acervo Artístico, Giulia Giovani, que apresentarão as diretrizes e perspectivas para a preservação e difusão das coleções artísticas e obras de arte da Universidade. Em seguida, haverá uma visita guiada ao Espaço Acervo Artístico UFMG. Fechando o evento, uma reunião com representantes das unidades acadêmicas e administrativas vai alinhar as ações do projeto de documentação do acervo artístico da universidade, viabilizado com recursos da Finep, a Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Percurso e avanços
Em um balanço sobre o percurso e os avanços do acervo na última década, o pró-reitor de Cultura, Fernando Mencarelli, lembra que o Espaço vem sendo constituído desde 2014, quando a então Diretoria de Ação Cultural assumiu a responsabilidade pelo acervo artístico da Universidade. A reserva técnica que abriga as coleções sob guarda direta da Procult foi instalada no prédio da Biblioteca e conta hoje com recursos da Finep para finalizar o projeto original. O Espaço foi institucionalizado com a criação da Procult e alcança agora nova etapa com o lançamento da Política de Gestão de Acervo do EAAUFMG, do seu Plano Museológico e da Cartilha de boas práticas para conservação do Acervo Artístico da UFMG. “São grandes avanços que queremos compartilhar com toda a comunidade”, pontua o pró-reitor.
“Esse momento marca um passo fundamental na consolidação de políticas e estratégias de proteção, gestão e valorização do patrimônio artístico da UFMG, reafirmando o compromisso institucional com a preservação e a difusão da memória artística e cultural da Universidade”, afirma a diretora Giulia Giovani.
“O patrimônio artístico é um dos grandes orgulhos da UFMG”, pondera a reitora Sandra Goulart. “Poucas instituições no país dispõem de uma coleção tão rica e abrangente”, acrescenta. Por isso, a Universidade, afirma ela, vem adotando uma série de ações para documentá-lo e garantir sua preservação. Como exemplo, a reitora cita o levantamento realizado nos anos de 2009 e 2010, por meio do projeto Memória, acervo e arte, que identificou três grandes coleções e um expressivo número de obras avulsas na Instituição. “Agora avançamos em direção a uma política de gestão que estabelece uma série de ações para que esse patrimônio seja cada vez mais conhecido e valorizado pela comunidade da UFMG e pela própria sociedade”, afirma a dirigente.
A coleção
O acervo de arte da UFMG é formado por cerca de 1,5 mil obras, dos séculos 16 ao 21, de diferentes tipos de técnicas e materiais, reunidas pela Universidade ao longo de sua história. A coleção inclui trabalhos de nomes como Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Burle Marx, Yara Tupynambá, Terezinha Soares, Álvaro Apocalipse e Frederich Hagedorn. Parte dele encontra-se acondicionado em uma reserva técnica no Espaço Acervo Artístico UFMG. As demais obras estão distribuídas em 34 unidades da Instituição nos campi Pampulha e Saúde, no centro de Belo Horizonte e em cidades como Tiradentes e Diamantina.
A guarda permanente e o controle patrimonial das obras são atribuições das unidades e dos órgãos nos quais estão patrimoniadas. Nesses casos, o EAAUFMG atua como referência e oferece orientação e apoio técnico para a tomada de decisões relacionadas à documentação e à preservação das obras.
Mais lidos
Semana
-
Cultura Em sua oitava edição, Novembro Negro discute epistemes, estéticas e subjetividades
Com mais de 170 atividades, temática e programação foram construídas com participação da comunidade acadêmica
-
Bolsas BU busca estagiário para trabalhar na orientação de usuários e organização de acervos
Seleção é destinada a estudantes do 1º ao 6º período dos cursos de Biblioteconomia, Arquivologia, Museologia ou Letras; bolsista vai atuar na Escola de Veterinária
-
Despedida Morre José Fernandes Filho, que foi professor da Faculdade de Direito
Corpo será velado amanhã (sexta, 10), a partir das 10h, no Salão Pleno do Tribunal de Justiça
Notícias por categoria
Arte e Cultura
-
CIRCUITO UFMG Artista e educadora indígena Liça Pataxoop inaugura mural na Faculdade de Educação
O têhey pescaria de conhecimento objetiva compartilhar ensinamentos do povo pataxoop
-
CULTURA MOVIMENTA Série da TV UFMG fala sobre a relação entre alimentação e cultura
Realizada em parceria com o Comitê de Cultura de Minas Gerais, a produção traz os diversos impactos da cultura na sociedade
-
Chamada pública Centro Cultural recebe propostas de exposições em suas galerias
Cada proponente poderá apresentar até dois projetos, um individual e outro coletivo
-
Pílulas do Conhecimento Produção do Espaço do Conhecimento concorre a melhor podcast de ciência do Brasil
Votação está aberta até domingo, 26 de outubro
-
Saúde mental Documentário investiga depressão que atravessa gerações de mulheres da mesma família
‘Quando disse adeus achei que tivesse ido’, exibido pelo programa 'Panorâmica', da TV UFMG, é retrato íntimo da dor compartilhada por mãe e filha