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Arte e Cultura

Ana Beatriz Abreu expõe jardim de plantas inventadas no Centro Cultural UFMG

Por: Assessoria de Imprensa UFMG

O Centro Cultural UFMG convida para a abertura da exposição Viridário – Jardim da fragilidade, da artista plástica Ana Beatriz Abreu, nesta sexta-feira, 26 de setembro, às 19h. A mostra tem a curadoria do professor Fabrício Fernandino e poderá ser vista até o dia 30 de outubro de 2025. A entrada é gratuita e integra o projeto Escultura no Centro, que destaca trabalhos tridimensionais desenvolvidos por alunos do curso de Artes Visuais com habilitação em Escultura da Escola de Belas Artes da UFMG. A classificação é livre.

Viridário – Jardim da fragilidade

Seja no jardim das hespérides, onde deusas primaveris e ninfas do entardecer personificam o espírito fertilizador e cíclico da natureza, ou no karesansui, espaço em que monges budistas elaboram suas meditações em busca de harmonia com o ambiente, o ser humano tem representado, repetidas vezes ao longo da história, esse lugar idealizado e paradisíaco na forma de um jardim.

Os jardins configuram-se como criações humanas, espaços artificiais e simbólicos que deslocam e reduzem um recorte do natural, a fim de figurar essa relação dúbia que estabelecemos com o reino vegetal. A partir dessa perspectiva, Ana Beatriz desenvolveu um jardim de plantas inventadas que, por meio da distorção de formas orgânicas, virtualiza a natureza, não em um movimento de oposição, mas de continuidade.

Viridário – Jardim da fragilidade tem como objetivo aprofundar as discussões em torno desses espaços concebidos como refúgios, oásis cultivados de forma artificial. Essa obra foi concebida, inicialmente, para dialogar diretamente com a paisagem em que está inserida, sem ter uma sustentação para se manter de pé, a menos que esteja aterrada a um substrato. Ao transferi-la para um ambiente expositivo interno, revelam-se as tensões que atravessam a própria ideia de jardim: uma natureza deslocada, artificialmente construída para nosso deleite estético.

Sobre a artista

Ana Beatriz Abreu (2001, Belo Horizonte, Minas Gerais) é graduanda em Artes Visuais, com habilitação em Escultura pela UFMG. Sua pesquisa é dedicada à investigação de técnicas de impressão e seus desdobramentos no campo ampliado, explorando impressões em tecidos, gravuras-objeto e práticas de modelagem em argila e porcelana, com ênfase nos processos de esmaltação em cerâmica e na queima em forno à lenha Noborigama. Atualmente, sua produção concentra-se no diálogo entre natureza e cultura, explorando as micro e macro relações biológicas e cósmicas, bem como as comunicações simbólicas que envolvem o fazer humano. Aborda temas como fertilidade, gênese, crescimento, evolução e morte – em suma, os ciclos de transformação e perpetuação da vida.

Serviço

Viridário – Jardim da fragilidade – Ana Beatriz Abreu

Data: 26 de setembro a 30 de outubro

Horário: Terças a sextas, das 9h às 20h; sábados, domingos e feriados , das 9h às 17h

Centro Cultural UFMG (Av. Santos Dumont, 174, Centro – Belo Horizonte/ MG)

Entrada gratuita

Fonte

Assessoria do Centro Cultural UFMG

comunica@centrocultural.ufmg.br

http://www.ufmg.br/centrocultural

Imagem de Divulgação

A imagem é um close-up de uma instalação artística em meio à vegetação. No centro, emergem várias hastes finas e sinuosas em tons vibrantes de verde-limão, azul e amarelo, algumas retas, outras em espiral ou curvadas. O fundo e o primeiro plano são preenchidos por plantas. No chão, há uma densa camada de folhagem com folhas pequenas em tons de roxo escuro e vinho. Entre elas, algumas folhas longas e verdes mais claras se destacam verticalmente. A iluminação cria um contraste entre as cores vibrantes das hastes e as tonalidades mais escuras da folhagem, com focos de luz solar em algumas partes.
Viridário – Jardim da fragilidade por Ana Beatriz Abreu Foto: