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Evento Acadêmico

Professor da UFMG participa de exposição no Masp

Por: Assessoria de Imprensa UFMG

O artista e professor da Escola de Belas Artes (EBA) da UFMG, Gustavo Torrezan, expõe a obra Ontem, hojesempre Mamuna, realizada em parceria com a líder quilombola Pichuita, na mostra Histórias da ecologia, inaugurada no dia 4 de setembro no Museu de Arte de São Paulo (Masp). A exposição ficará em cartaz até dia 1º de fevereiro de 2026.

A obra foi elaborada no quilombo de Mamuna, em Alcântara, no Maranhão, território com mais quilombos demarcados do país, que vive em conflito com a Aeronáutica brasileira em razão da ampliação do centro de lançamento aeroespacial que forçou o deslocamento compulsório da população local.

Ontem, hojesempre Mamuna consiste em lançar um satélite (foto anexa) que emite luz na estratosfera terrestre, usando um balão meteorológico. No espaço, o satélite figura como uma estrela, símbolo dos estados na bandeira brasileira. Assim, o gesto de incluir uma nova estrela no espaço alude à criação do Estado Quilombola de Alcântara. A obra foi incorporada pelo Masp e agora faz parte do acervo do museu, considerado o mais importante da América Latina e um dos principais do mundo.

Mais informações sobre o trabalho do artista e professor Gustavo Torrezan podem ser acessadas no site www.gustavotorrezan.com  e no perfil @gustavotorrezan no Instagram.

Histórias da Ecologia

O Masp apresenta a exposição Histórias da ecologia no ano em que o Brasil sedia a COP 30 – Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, em Belém do Pará. A exposição expande o conceito de ecologia, analisando, por meio do trabalho de artistas, ativistas e movimentos sociais, as relações entre os humanos e outros seres, como animais, plantas, rios, florestas, montanhas e fungos.

Os curadores André Mesquita e Isabella Rjeille reuniram obras de 116 artistas, em sua maioria oriundos do chamado Sul Global. Histórias da ecologia amplia essa rede para estabelecer alianças entre Sul e Norte, reconhecendo que a crise climática exige ações coordenadas, solidárias e urgentes. Muitas obras revelam não apenas os efeitos, mas também as raízes históricas do colonialismo, do racismo ambiental e do capitalismo global sobre corpos, territórios e ecossistemas.

A mostra é organizada em cinco núcleos: Teia da vida, Geografias do tempo, Vir-a-ser, Territórios, migrações e fronteiras e Habitar o clima. A exposição transita entre saberes geológicos, biográficos, espirituais, comunitários e planetários. Propõe, assim, reconhecer cosmologias que resistem à destruição da vida e instaurar espaços de imaginação crítica, nos quais o futuro se apresenta como campo de disputa e responsabilidade coletiva.

Fonte

Imagem de Divulgação

Satélite - Estrela Gustavo Torrezan Foto: