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Meio Ambiente

Estudo UFMG: custo dos alimentos afeta consumo de dietas saudáveis para população mais vulnerável

Por: Assessoria de Imprensa UFMG

De acordo com uma tese defendida no Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da UFMG, os preços dos alimentos saudáveis são um fator crucial na escolha alimentar, especialmente para populações mais vulneráveis. Entretanto, existem diversos fatores que podem afetar os preços e automaticamente, o consumo desses alimentos, como por exemplo, as mudanças climáticas.

“A questão das mudanças climáticas, que a gente observa hoje, vão interferir diretamente na produção desses alimentos, então por exemplo, a seca ou até uma chuva em excesso, vai causar problemas na produção, vai afetar a distribuição e não vai chegar no consumidor e quando chega, chega com um preço mais alto”, apresenta a pesquisadora responsável pelo estudo, Thaís Cristina Marquezine Caldeira.

A pesquisa identificou que o custo médio da dieta foi de R$0,65/100 kcal para a população total, com variações observadas entre os níveis de renda, regiões geográficas e áreas domiciliares. Um custo menor foi observado no território de menor renda (R$0,60/100 kcal) em comparação com o território de maior renda (R$0,70/100 kcal).

Regionalmente, o Nordeste apresentou o menor custo (R$0,58/100 kcal) em comparação com o Sudeste (R$0,71/100 kcal), e as áreas rurais tiveram um custo menor (R$0,53/100 kcal) do que as áreas urbanas (R$0,69/100 kcal).
O custo da dieta está diretamente relacionado à sua composição. Ou seja, dietas de menor custo tendem a incluir menos carnes, laticínios, hortaliças e frutas, no qual o aumento do preço torna-os menos acessíveis para grupos de baixa renda, e um aumento no consumo de carne vermelha, açúcar e alimentos ultraprocessados.

Impacto no meio-ambiente

Sabe-se que a produção de alimentos hoje é responsável por até 35% das emissões globais de gases de efeito estufa e impacta diretamente a biodiversidade e o uso da água. Além disso, mudanças no padrão alimentar, como o aumento no consumo de ultraprocessados e proteínas animais, elevam esse impacto, especialmente em países de baixa e média renda.

A fabricação de alimentos ultraprocessados envolve processos industriais intensivos, que consomem muita energia e recursos naturais, além de ingredientes comumente utilizados nesses alimentos, como milho, soja e cana de açúcar, estarem associados ao desmatamento e a perda de biodiversidade.

Leia a matéria completa no site da Faculdade de Medicina da UFMG

Fonte

Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG

imprensamedicinaufmg@gmail.com

http://www.medicina.ufmg.br/