UFMG firma parceria com a OPAS e SES para projeto de aumento das coberturas vacinais em Minas Gerais
Por: Assessoria de Imprensa UFMG
O Observatório de Pesquisa e Estudos em Vacinação (OPESV), da Escola de Enfermagem da UFMG, firmou uma parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) para uma pesquisa-intervenção com o objetivo de implementar e avaliar as estratégias de intervenção para o aumento das coberturas vacinais nos distintos ciclos de vida no estado de Minas Gerais.
O projeto é coordenado pela professora Fernanda Penido Matozinhos, do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública, da Escola de Enfermagem, e Eduardo Campos Prosdocimi, subsecretário de Vigilância em Saúde da SES/MG. Pretende atuar por meio de oficinas com gestores da Atenção Primária à Saúde, Vigilância Epidemiológica, controle social, sociedade civil, comunidade escolar e comunidade acadêmica dos 853 municípios mineiros.
De acordo com a professora Fernanda, o objetivo é desenvolver planos de ação focados na realidade de cada cidade, com a implementação de estratégias que levem em consideração fatores individuais, ambientais, hesitação vacinal e fatores inerentes aos programas de cuidado. “Após a implementação dos planos, as unidades de saúde serão monitoradas a cada trimestre para o acompanhamento dos indicadores de processo de trabalho em imunização, em busca de um melhor desempenho e do aumento das coberturas vacinais”.
A professora destaca, ainda, a importância do projeto para tentar reconquistar as altas e homogêneas coberturas vacinais. Ela relembra que, no estado mineiro, estudo realizado pelo OPESV-EEUFMG nas 28 Gerências Regionais de Saúde (GRS) e Superintendências Regionais de Saúde (SRS), no período de 2015 a 2020, revelou a menor cobertura vacinal em 2020 para crianças menores de um ano. “Em relação à classificação de risco para a transmissão de doenças preveníveis por ações de imunizações, cerca de 80,9% dos 853 municípios mineiros estavam classificados como de alto risco, sendo que municípios de grande porte apresentaram uma maior porcentagem de baixa homogeneidade de vacinas (HCV), o que classifica 100% desses municípios como alto ou muito alto risco para transmissão de doenças preveníveis por vacinas”. Essa proposta justifica-se, também, pela relevância da integração ensino-serviço como um espaço para a reflexão sobre a realidade da produção de cuidados, além da necessidade de transformação de práticas”, enfatiza.
Espera-se que a implementação e o monitoramento das ações permita sua incorporação na rotina dos serviços dos municípios de forma sustentável, como explica Fernanda.
A oficina-piloto está prevista para acontecer na Gerência Regional de Saúde do município de Pedra Azul, na região do vale do rio Jequitinhonha, nos dias 1º e 2 de setembro de 2025.
Fonte
Assessoria de Comunicação da Escola de Enfermagem da UFMG
comunicacao@enf.ufmg.br