‘UFMG nas ruas’ movimenta o centro de Montes Claros
Comunidade participou, neste sábado, das atividades da primeira edição do evento
Por Ana Cláudia Mendes | Cedecom Montes Claros
Na manhã deste sábado, 11, o campus da UFMG em Montes Claros mudou-se para a Praça Doutor Carlos, no centro da cidade. A primeira edição do UFMG nas ruas reuniu atividades de ensino, pesquisa e extensão no coração da cidade. Quem passou pelo local pôde conferir de perto um pouco do que é produzido na Universidade no Norte de Minas, além de aprender sobre cuidados com plantas e animais.
O evento, que faz parte da Semana do Conhecimento da UFMG, tem o objetivo de promover a integração da Universidade com a sociedade, tornando a produção acadêmica acessível e compreensível para toda a população. “É muito importante para a Universidade mostrar o que ela e o que ela faz. O UFMG nas ruas revela o que a gente realiza nessa região. Muitos desses trabalhos demostram a vocação da UFMG em Montes Claros para atender à sociedade e promover o desenvolvimento da pesquisa e de extensão. Eu vejo que as pessoas têm dúvidas, elas estão esclarecendo as dúvidas, estão interessadas e levando coisas para discutir em casa. É superpositiva essa aproximação com a população”, analisou a pró-reitora adjunta de Pesquisa, professora Jacqueline Takahashi.
Além dos projetos de ensino, pesquisa e extensão, foram apresentados também os cursos oferecidos e detalhes sobre a política de permanência estudantil. O vice-diretor do campus Montes Claros, professor Alcinei Azevedo, viu como muito positiva a estreia do UFMG nas ruas em Montes Claros. “Essa primeira edição foi um sucesso. Estávamos muito ansiosos, e estamos vendo uma participação significativa do público: adultos, adolescentes e crianças. Na Universidade desenvolvemos trabalhos muito importantes para a região. Este é o momento em que é possível mostrar isso para a população.”
Planejamento
Foram meses de planejamento até a realização do evento. Para os integrantes da comissão organizadora fica a sensação de dever cumprido. “Um evento dessa magnitude requer muito planejamento. Mas com muito esforço e empenho de todos os servidores, colaboradores, da direção e dos alunos a gente conseguiu entregar um evento que, com certeza, está apresentando à comunidade nossos trabalhos de ensino, pesquisa e extensão”, afirmou Ismael Amorim, técnico de laboratório da UFMG e membro da comissão organizadora.
Quem também comemorou o resultado do evento foi Flávia Échila, outra técnica de laboratório integrante da comissão organizadora: “A gente olha, e parece que ainda está sonhando. Foi um projeto que a gente desenvolveu em pouco tempo, mas deu muito certo porque a sociedade abraça muito a causa da Universidade. Vemos o interesse de pessoas de todas as idades e concretizamos um sonho que sonhamos juntos”, ressaltou.
Os projetos
Mais de 15 projetos desenvolvidos em Montes Claros foram levados ao centro da cidade. O Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de Engenharia Florestal apresentou a oficina Curupiras, que organizou brincadeiras educativas relacionadas à educação ambiental. Além de jogos, as crianças participaram de oficina de origami e fizeram pintura facial. Elas também se divertiram com brinquedos infláveis. O PET Florestal ofereceu ainda oficina sobre o cultivo de mudas.
O projeto Neutraliza recolheu assinaturas para fazer a compensação da emissão de carbono com plantio de árvores.
O Grupo de Estudos em Floricultura e Jardinagem (Geflop) ofereceu aos visitantes informações sobre cuidados com as plantas. O Programa de Desenvolvimento do Ensino de Graduação (Pedeg) do curso de Engenharia Florestal promoveu uma oficina de produção de marcadores de páginas com flores e folhas do cerrado. O projeto Memória, história local e patrimônio cultural de Grão Mogol, coordenado pela professora Ivana Parrela, mostrou um pouco dos trabalhos desenvolvidos na cidade do Vale do Jequitinhonha.
A parceria do projeto de extensão Apoio a agricultores familiares do norte de Minas em higiene, produção e saúde pública com o mestrado em Produção Animal e o projeto Juntando forças: responsabilidade social e promoção de vida levou informações sobre a pecuária, cuidados com a sanidade animal e ações sociais desenvolvidas na cidade.
O Coletivo de Indígenas e Quilombolas apresentou as iniciativas desenvolvidas no campus em relação aos dois grupos e falou sobre o Abril Indígena e o Novembro Negro da UFMG. Representantes do Núcleo de Estudos em Meio Ambiente e Sustentabilidade (Nema) abordaram ações que podem ajudar na preservação do meio ambiente.
O Grupo de Estudos em Nutrição de Animais de Estimação (Gepet) chamou a atenção dos visitantes sobre a importância de cuidar da saúde dos pets. Integrantes do cursinho comuntário ComunICA trataram do trabalho oferecido aos candidatos ao Enem. O Herbário Norte Mineiro apresentou a riqueza da biodiversidade do cerrado, enquanto o curso de Engenharia de Alimentos exibiu projetos desenvolvidos no campus. O Programa de Inclusão, Convívio e Acolhimento (PRO-ICA) abordou a inclusão e acessibilidade por meio de jogos e brincadeiras.
“Pra mim, o evento foi uma novidade, achei maravilhoso, principalmente porque eu amo cuidar de plantas. A UFMG está de parabéns por este evento. Espero que tenha outros”, contou a professora Diana Pereira dos Santos.
Quem também aprovou a iniciativa foi a aposentada Eliana Barbosa. “Eu adoro tudo que é do cerrado. E aqui está tudo muito organizado. Precisamos de mais eventos assim para conscientizar as pessoas”, disse.
O UFMG nas ruas também será realizado em Belo Horizonte no próximo sábado, 18 de outubro, das 10h às 14h. Estão programadas mais de 40 ações, que serão expostas na Alameda da Educação, na Praça da Liberdade, em frente ao Espaço do Conhecimento UFMG.
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